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O masculino no poder

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Dentro de cada feminino existe uma força invisível com carga masculina denominada por Carl Gustav Jung de animus.

Esse masculino em equilíbrio nos traz a força de ir pra vida, de construir, de realizar projetos, de movimento, de resolver, concretizar. Acessar essa força é aceitar o que tem de saudável em nossos ancestrais, é seguir o fluxo natural da vida, é viver o mundo externo, produzir, conquistar…

Quando esse masculino assume o comando de forma que eu não consigo mais acessar a força oposta complementar dentro de mim, começo a seguir meu caminho de forma rígida e descompassada, perco o contato com o que tenho de sagrado aqui dentro, não consigo intuir, criar, fluir, acolher, adoçar minha própria vida.

Auto exigência exacerbada, dureza, intolerância, racionalismo são sérias consequências daqueles que se perderam deixando o masculino no poder.

A alquimia perfeita

Pulsar a vida nessas forças complementares é a magia da vida, é a alquimia perfeita do existir. Hora sou intuir, hora sou mental. Em um momento eu crio, imagino, fantasio, noutro eu, concretizo, materializo, executo…

É como se o fluxo da vida fosse me conduzindo para situações diversas e minhas forças internas utilizassem a temperança, que ativa meu feminino (yin) ou meu masculino (yang) de acordo com a necessidade.

É uma troca interna, uma pulsação natural dentro de cada ser que, transparece nas relações afetivas, no trabalho, nos projetos pessoais. Essa temperança não é inata, vamos aprendendo ou desaprendendo com nossos referenciais de homem e mulher a melhor maneira de lidar com a vida, que nem sempre é a mais saudável.

Muitos buscam melhorar seus relacionamentos afetivos e se esquecem do relacionamento consigo, desse relacionamento de forças internas que acontece dentro de nós e que na grande maioria, é onde o masculino prevalece.

O sagrado que habita em ti

Mulheres cada vez mais desconectadas com seus ciclos, bem sucedidas profissionalmente mas com sérios problemas de saúde mental, muito exigentes consigo mesmas, se atropelando e atropelando os que estão por perto, esses são sintomas que indicam um desequilíbrio, um excesso de masculino na mulher.

O homem com esse masculino exaltado pode apresentar comportamento bélico, fálico, orgulhoso, como se tivesse uma armadura a sua frente, não entram em contato com seu sentir e por isso, o sentir do do outro é ignorado. A agressividade pode se apresentar de várias formas, podendo ter atitudes abusivas com suas parceiras (os).

Quando essa força potente é exaltada, tanto na mulher quanto no homem, não há equilíbrio em nós e esse desequilíbrio é manifesto em nossa saúde física, mental, energética e sistêmica.

A integridade consiste no pensar, sentir e agir conectados, ou seja fazer escolhas acessando todas as instâncias internas que possuímos, agir de forma íntegra e deixar o rio que corre dentro de você guiar seu caminho.


E aí, qual força você mais acessa no seu dia a dia?

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Camila Lima

Camila Lima

Sócia fundadora do Espaço Célula Mater, é psicóloga, terapeuta energética-espiritual, consteladora sistêmica e Reikiana nível 3.

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