A prática do tantra data de mais de cinco mil anos aonde atualmente é parte do sul da Índia. Tinha por base uma sociedade matriarcal no qual o feminino se destacava. O tantra se configura como uma filosofia, uma prática ritualística (para grupos religiosos: tantra budista, Taoista, Induísta, etc.), um conjunto de técnicas para os ocidentais. Tendo como central a figura do feminino o tantra trabalha os cinco sentidos corporais: olfato, visão, audição, paladar e tato, e também, com o sexto sentido: a intuição.
Sendo este último atribuído ao longo da história mais a figura da mulher, até mesmo como um poder oculto como na bruxaria. Para o tantra a relação sexual se torna sagrada à medida que se torna intuitiva, isto é, sem roteiro pré estabelecido, sem começo e nem fim, visto que a consciência feminina que está ligada ao hemisfério direito do cérebro tem um caráter holístico, criativo e espiritualista. Assim, o sexo de forma intuitiva ganha um sentido profundo que a alma lhe atribui, visto que a intuição é o instinto do espírito.
Seguindo a intuição o sexo pode te levar a onde você nunca foi em si mesmo através do outro. Um processo de autoconhecimento e expansão da consciência, transcendendo a mente condicionada. Para tanto, os dois parceiros precisam estar com o feminino dentro de si curados e saudável – aqui não importa o sexo ou gênero pois, só quando esse feminino está saudável que a intuição na relação sexual pode se manifestar e guiar de forma amorosa os parceiros a esse mergulho para dentro de si através do outro.
O tantra é um caminho para dentro. O tantra é um florescer quando o dentro transborda. O tantra é a comunhão com a natureza sexual da vida. É um prazer que tudo aceita na pureza de sua naturalidade. É um caminho de volta para casa – a natureza Espiritual da vida.